segunda-feira, 25 de agosto de 2008

sábado, 23 de agosto de 2008

antes falar bobagens que calar besteiras

Escuto, desfocadamente, os chamados de quem ficou desse lado do mundo.
Junto minhas coisinhas.
Deserto da minha propria empreitada.
Nao me desfaço das minhas coisas ja degradas pela lonjura do tempo, escorrido oleosamente.
Corajosamente enfrento minha fraqueza, minha derrota, me entrego a meus prazeres.

Nao passo vontade.

Meu corpo responde lentamente à minha ansiedade de engolir o tempo. hoje entrei naquela banheira encarando longamente meus olhos que ja viram tanta coisa. Minhas formas, volptosamente é verdade, arredondadas. Uma fartura enfastiada de tudo.
Procuro um porto nessa escuridao, como um veleiro silencioso.Nao enchergo nenhum farol mas me entrego, novamente, a brisa com cheiro de possibilidades.
Crio miragens: luzes timidas em algum porto inexistente.
Nao sinto mais medo.
Nao me arrependo.
Aos poucos a gente se entrega a fertilidade das coisas e as promessas de noites mudas como essas.