Junto minhas coisinhas.
Deserto da minha propria empreitada.
Nao me desfaço das minhas coisas ja degradas pela lonjura do tempo, escorrido oleosamente.
Corajosamente enfrento minha fraqueza, minha derrota, me entrego a meus prazeres.
Nao passo vontade.
Meu corpo responde lentamente à minha ansiedade de engolir o tempo. hoje entrei naquela banheira encarando longamente meus olhos que ja viram tanta coisa. Minhas formas, volptosamente é verdade, arredondadas. Uma fartura enfastiada de tudo.
Procuro um porto nessa escuridao, como um veleiro silencioso.Nao enchergo nenhum farol mas me entrego, novamente, a brisa com cheiro de possibilidades.
Crio miragens: luzes timidas em algum porto inexistente.
Nao sinto mais medo.
Nao me arrependo.
Aos poucos a gente se entrega a fertilidade das coisas e as promessas de noites mudas como essas.
2 comentários:
é..nenhum farol....
você é foda... e isso é um elogio...
se cuida...
beijo grande
que lindo Lícida, eu que tenho tanto para aprender com vc, as minhas aulas de arte tentam ser boas para crianças que sem contato com a arte... vc não! vc que deve ensinar!!! beijos e fique bem!
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